Elevador despenca de prédio da SEFAZ
Na última quarta-feira,
dia 8/5 tivemos a notícia que o elevador do prédio da SEFAZ, situado à Rua
Buenos Aires, n° 309 despencou em direção ao fosso. Os freios de emergência
foram acionados e amenizaram um pouco a queda livre que foi, segundo
testemunhas, de apenas um andar. O servidor que estava no elevador (e que pediu
para não ser identificado) sofreu apenas ferimentos leves e nos disse que por
já ter tempo de serviço, decidiu dar entrada no pedido de aposentadoria.
Desde que foi
concretizada a mudança das inspetorias da capital para um único prédio, os
Analistas vêm denunciando as condições de trabalho. Um prédio velho antigo
de 5 andares com espaço reduzido e visivelmente inadequado ao exercício das
atividades das inspetorias. O prédio passou apenas por uma demão de tinta
reforma superficial antes de receber as repartições fiscais. O elevador desde o
dia da mudança fazia barulhos estranhos e parava constantemente deixando
servidores e cidadãos que frequentam o prédio muito preocupados.
Em março de 2018, as 3
entidades que representam os servidores da Receita: Anaferj, Sinfrerj e Sinfazerj
se reuniram com o Subsecretário de Receita e entregaram relatório com a
descrição dos problemas e fotos do edifício. O Subsecretário pediu 30 dias para
dar uma resposta. A resposta veio apenas informando que ele passaria as
demandas para o setor responsável pela infraestrutura da Secretaria, o que,
diga-se de passagem, já havia sido feito pelas entidades.
Todo o processo de
concentração das inspetorias dos bairros no Centro foi desde o início uma
decisão que nos pareceu equivocada, uma vez que afastou a Secretaria dos
contribuintes, na contramão da prática de capilarização da fiscalização e do
atendimento ao cidadão/contribuinte. Imagine o amigo leitor se as delegacias de
polícia, os hospitais e as escolas públicas fossem centralizadas e obrigassem os
cidadãos a se deslocar até o Centro para poder interagir com o poder público?
Foi exatamente o que a SEFAZ fez.
Não houve qualquer informação
sobre as razões e objetivos da medida. Tudo foi feito sem qualquer transparência,
não temos como saber se efetivamente a mudança resultou em alguma economia de
recursos ou ainda em aumento de eficiência. Ficamos sem entender também porque
algumas inspetorias, como a Barra da Tijuca, não foram centralizadas, ao
contrário de outras mais distantes como a do Irajá, por exemplo.
O ato final desse
processo que nos pareceu atabalhoado desde o início, foi a alocação das
inspetorias nesse local inadequado e que vem causando transtornos aos
servidores e contribuintes. O acidente dessa semana evidencia que há riscos
concretos para os que frequentam aquela instalação.
A ANAFERJ enviou
solicitação de reunião com o Sr. Secretário pra tratar desse assunto entre
outros e espera que o acidente sirva ao menos para alertar aos gestores da
secretaria de que é preciso uma ação urgente e efetiva.
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