Colegas Analistas da Fazenda
Estadual.
Assim que começar a campanha
eleitoral vocês deverão receber por intermédio das redes sociais, propaganda de
candidatos a deputado Federal e Estadual se anunciando como candidaturas do
Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais - MUSPE.
Como a ANAFERJ participa do MUSPE desde o seu renascimento na virada de 2015/2016, e alguns de vocês já receberam material em grupo de whatsapp, são necessários alguns
esclarecimentos de nossa parte.
O Movimento no início tinha por princípio ser apartidário. Tanto que não permitia bandeiras de partidos e centrais sindicais em seus
atos, o que foi um elemento importante de aglutinação de categorias e
de servidores de orientações políticas divergentes. O MUSPE chegou a ter mais
de 40 entidades participantes. Um número impressionante que cobria quase a totalidade dos servidores do Estado.
A pauta unificada foi muito
importante pra dar direção e visibilidade à luta dos servidores contra as
maldades de um governo descompromissado com os interesses da população e que
atacou diuturnamente os direitos dos servidores públicos.
O MUSPE ganhou muitas batalhas,
perdeu outras, mas se manteve como um foro democrático onde todas as entidades tinham
voz e voto e onde as decisões eram tomadas de forma totalmente alheia a
interesses eleitorais. Havia disputas, é claro. Divergências, discussões
acaloradas, mas sempre a unidade do movimento parecia ser algo a ser preservado acima dessas disputas pontuais.
Mas, como sempre em se tratando
de seres humanos, há pessoas que têm projetos individuais. Na nossa visão não
há nada de errado nisso. Todos possuem ambições e metas de vida, isso é humano
e compreensível.
Mas, na nossa opinião, se uma liderança
quisesse usar a marca MUSPE em sua campanha e se colocar como candidato do movimento, sua candidatura deixaria de ter um
caráter individual ou dizer respeito apenas a sua categoria. O candidato poderia e deveria ter o gesto sábio de
submeter seu nome à aprovação do MUSPE, firmar compromissos formais com o
Movimento e as entidades que o compõe. Ou então poderia se candidatar, desde que não usasse o nome do
movimento em sua campanha. Foi essa nossa proposição e foi aprovada em reunião.
Mas infelizmente isso não aconteceu dessa forma. Algumas lideranças inconformadas, prefeririam se articular para ganhar a discussão na truculência e realizando manobras eticamente questionáveis como criar uma maioria
artificial de entidades e fazer votações
relâmpago em 15 minutos. Com a sutileza de um rolo compressor, o interesse de alguns suplantou o
sonho de uma construção coletiva.
É tudo muito triste porque há
lideranças legítimas e que teriam nosso apoio, mas os métodos que se utilizaram,
mostra que uma atuação parlamentar deles poderia não ser muito diferente de alguns políticos que só pensam em si e em seus
projetos pessoais de poder. Lamentavelmente algumas candidaturas são por partidos que fazem parte da
base política de Pezão e de Temer, inimigos declarados do serviço público.
Para que fique claro para os
Analistas da Fazenda: Nessa eleição, a ANAFERJ não endossa e não reconhece
nenhuma candidatura MUSPE. Na nossa visão o uso eleitoral do Movimento poderá jogar por jogar por terra toda a credibilidade que foi construída coletivamente nesses
anos de luta.
Após o período eleitoral, quando
esses interesses passarem, talvez haja um cenário possível para formar uma nova luta
unificada e legítima de um movimento que possa falar com a sociedade com isenção
e credibilidade.
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