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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Nota ANAFERJ - Esclarecendo a participação no MUSPE


Colegas Analistas da Fazenda Estadual.

Assim que começar a campanha eleitoral vocês deverão receber por intermédio das redes sociais, propaganda de candidatos a deputado Federal e Estadual se anunciando como candidaturas do Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais - MUSPE.

Como a ANAFERJ participa do MUSPE desde o seu renascimento na virada de 2015/2016, e alguns de vocês já receberam material em grupo de whatsapp, são necessários alguns esclarecimentos de nossa parte.

O Movimento no início tinha por princípio ser apartidário. Tanto que não permitia bandeiras de partidos e centrais sindicais em seus atos, o que foi um elemento importante de aglutinação de categorias e de servidores de orientações políticas divergentes. O MUSPE chegou a ter mais de 40 entidades participantes. Um número impressionante que cobria quase a totalidade dos servidores do Estado.


A pauta unificada foi muito importante pra dar direção e visibilidade à luta dos servidores contra as maldades de um governo descompromissado com os interesses da população e que atacou diuturnamente os direitos dos servidores públicos.

O MUSPE ganhou muitas batalhas, perdeu outras, mas se manteve como um foro democrático onde todas as entidades tinham voz e voto e onde as decisões eram tomadas de forma totalmente alheia a interesses eleitorais. Havia disputas, é claro. Divergências, discussões acaloradas, mas sempre a unidade do movimento parecia ser algo a ser preservado acima dessas disputas pontuais.

Mas, como sempre em se tratando de seres humanos, há pessoas que têm projetos individuais. Na nossa visão não há nada de errado nisso. Todos possuem ambições e metas de vida, isso é humano e compreensível.

Mas, na nossa opinião, se uma liderança quisesse usar a marca MUSPE em sua campanha e se colocar como candidato do movimento, sua candidatura deixaria de ter um caráter individual ou dizer respeito apenas a sua categoria. O candidato poderia e deveria ter o gesto sábio de submeter seu nome à aprovação do MUSPE, firmar compromissos formais com o Movimento e as entidades que o compõe. Ou então poderia se candidatar, desde que não usasse o nome do movimento em sua campanha. Foi essa nossa proposição e foi aprovada em reunião.

Mas infelizmente isso não aconteceu dessa forma. Algumas lideranças inconformadas, prefeririam se articular para ganhar a discussão na truculência e realizando manobras eticamente questionáveis como criar uma maioria artificial de entidades e fazer votações relâmpago em 15 minutos. Com a sutileza de um rolo compressor, o interesse de alguns suplantou o sonho de uma construção coletiva.

É tudo muito triste porque há lideranças legítimas e que teriam nosso apoio, mas os métodos que se utilizaram, mostra que uma atuação parlamentar deles poderia não ser muito diferente de alguns políticos que só pensam em si e em seus projetos pessoais de poder. Lamentavelmente algumas candidaturas são por partidos que fazem parte da base política de Pezão e de Temer, inimigos declarados do serviço público.


Para que fique claro para os Analistas da Fazenda: Nessa eleição, a ANAFERJ não endossa e não reconhece nenhuma candidatura MUSPE. Na nossa visão o uso eleitoral do Movimento poderá jogar por jogar por terra toda a credibilidade que foi construída coletivamente nesses anos de luta.

Após o período eleitoral, quando esses interesses passarem, talvez haja um cenário possível para formar uma nova luta unificada e legítima de um movimento que possa falar com a sociedade com isenção e credibilidade.

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