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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Pezão diz que 13º ainda não está garantido

Pezão diz que pagamento do 13º salário dos servidores do RJ desse ano ainda não está garantido


Governador ainda garantiu que vai vetar a emenda aprovada pela Alerj proibindo a privatização da Cedae. Ele também afirmou que a participação do Governo Federal na segurança do Rio era necessária.











20/09/2018 11h52



O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), disse que ainda não pode garantir o pagamento do 13º salário dos servidores deste ano. A afirmação foi feita no programa CBN Rio. Segundo ele, é possível que tenha condições de pagar, mas fez a ressalva que a situação precisa ser atualizada "mês a mês".
"Ainda não tenho data. Dependo dessa arrecadação do Plano de Recuperação Fiscal. Não vou criar essa expectativa no servidor. Eu acho que temos condições de pagar, mas é mês a mês. Este ano, já pagamos 10 folhas e meia devido ao plano. Eu tenho muita esperança e estou trabalhando muito para pagarmos o 13º e sairmos com tudo em dia. Eu me dedico a isso".

Venda da Cedae

Durante a entrevista, o governador garantiu que irá vetar a emenda aprovada nesta terça-feira (18) pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro proibindo a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Cedae). Pezão afirmou que voltará ao Supremo Tribunal Federal para garantir a venda da companhia.
"Se eles insistirem nisso, o problema é da Assembleia. Eu vou ao Supremo de novo. Até dia 31 de dezembro farei de tudo para defender o plano de recuperação. Não vou iludir o servidor público dizendo que é possível fazer gestão do Estado sem o Regime de Recuperação Fiscal’".

Intervenção federal

O governador afirmou não ter passado a responsabilidade pela segurança pública do estado para o Governo Federal.
"Eu não passei a responsabilidade – esse é um dever do Governo Federal. O Rio de Janeiro é cortado por várias rodovias federais. Desde a intervenção, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está fazendo um trabalho extraordinário. Antes (da intervenção) era uma peneira, havia vários postos abandonados. No entorno do Rio, há rodovias como a Rio-Santos e Rio-São Paulo, além de áreas como as baías de Guanabara e da Ilha Grande. Eu não posso colocar a Polícia Militar na Dutra ou a Polícia Civil na Ponte Rio-Niterói. Se o governo federal não apoiar, já vimos o que acontece".
Ele disse ter uma boa expectativa quanto ao que a intervenção deixará para o Estado.
"Estou otimista. Temos R$ 400 milhões para renovar toda a frota e fazer a compra de tecnologia e materiais de inteligência. Contratamos mais policiais militares e civis. Também quero aumentar o número de papiloscopistas".

Afastamento

O governador foi questionado sobre o fato de ter sido pouco visto nos últimos tempos, mesmo durante o período eleitoral, quando sua presença também não tem sido muito notada.
"Eu tenho trabalhado muito para deixar o Estado em dia e feito muitas reuniões. O que me pedem, eu faço. Estou me dedicando muito às contas do Estado, quero deixar o Estado pronto", afirmou o governador, dizendo considerar Eduardo Paes o mais preparado para substituí-lo.
Ele também falou sobre os planos para após o fim de seu mandato e se pretende, no futuro, voltar a concorrer a algum cargo eletivo.
"Quero descansar e cuidar da minha saúde. Não sei se vou voltar a concorrer - não gosto dessa modalidade de financiamento, que permite uma renovação muito pequena no quadro político - essa lei do fundo partidário beneficia demais quem já está no poder e a classe política foi desacreditada por todos, tanto que, nesses eleições, haverá muitos votos brancos e nulos".

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/20/pezao-diz-que-pagamento-do-13o-salario-dos-servidores-do-rj-desse-ano-ainda-nao-esta-garantido.ghtml

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