Rio - As negociações entre o Estado do Rio e o banco francês BNP Paribas em torno da contratação de um financiamento de R$ 2,9 bilhões, medida prevista no plano de recuperação fiscal firmado com a União, está emperrado porque envolve também o Banco Mundial. A explicação é do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que falou com a imprensa após participar do seminário "Reavaliação do Risco Brasil", no centro cultural da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio.
Henrique Meirelles Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
O empréstimo, mais importante das medidas do plano no curto prazo, tem garantia da União e contragarantia nas ações da Cedae, a companhia estadual de saneamento. Segundo Meirelles, o problema é que 20% das ações da Cedae já haviam sido oferecidas pelo Estado do Rio como garantia de outro empréstimo, junto ao Banco Mundial.
"Uma parte das ações da Cedae estão dadas em garantia a um empréstimo atual e o Banco Mundial tem que concordar com o novo empréstimo e o penhor do restante das ações", disse Meirelles, frisando que a negociação é entre o governo fluminense, o BNP Paribas e o Banco Mundial, e o Ministério da Fazenda "está ajudando".
A expectativa do ministro é que, apesar do empecilho, o empréstimo seja contratado ainda este ano. O financiamento é fundamental para colocar em dia salários atrasados dos servidores públicos do Rio, incluindo partes do 13º salário de 2016.
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