1)
Estado cria mais duas “redes”: REDEPLAN (planejamento) e REDOR (Orçamento)
2)
Demissão de servidor
3)
Exoneração de servidor
4)
Estado divulga valor venal e calendário do IPVA 2020
5)
Estado autoriza o pagamento de débitos fiscais em cartões de crédito e débito
Pág.
2
ATO
DO PODER EXECUTIVO
DECRETO
Nº 46.882 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2019
CRIA,
SEM AUMENTO DE DESPESA, A REDE DE PLANEJAMENTO DO PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO - REDEPLAN, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições legais, tendo em
vista o disposto no Decreto nº 46.787, de 14 de outubro de 2019, e o disposto
no Processo nº SEI nº 12/001/025171/2019;
D
E C R E TA :
Art.
1º - Fica criada, sem aumento de despesa, a Rede de Planejamento do Poder
Executivo do Estado do Rio de Janeiro - REDEPLAN.
§
1º - A REDEPLAN consiste em um conjunto de servidores, vinculados às suas
respectivas unidades administrativas, que desempenham ou possam vir a
desempenhar funções de planejamento nos Órgãos ou Entidades do Poder Executivo
do Estado do Rio de Janeiro.
§
2º - O desempenho das funções de planejamento de que trata o parágrafo anterior
compreende a elaboração e revisão do plano plurianual - PPA, o monitoramento e
a avaliação dos resultados dos programas e políticas públicas por meio de
indicadores, a elaboração de estudos relacionados ao planejamento governamental
e demais temas afins;
§
3º - A Subsecretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão - SUBPOG,
nos termos do Decreto nº 46.787/2019, responderá na qualidade de Órgão Central
do Sistema de Planejamento e Orçamento do Estado do Rio de Janeiro - SPO pela
coordenação das atividades relacionadas à REDEPLAN.
Art.
2º - A REDEPLAN tem por objetivos:
I
- disseminar as diretrizes estabelecidas pelo Órgão Central, visando a efetiva
execução das funções de planejamento;
II
- padronizar os procedimentos relativos às atribuições de seus integrantes;
III
- prover o Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro com servidores
adequadamente capacitados;
IV
- fomentar boas práticas de gestão e execução das funções de planejamento;
V
- desenvolver mecanismos de comunicação entre os seus integrantes.
Art.
3º - O Órgão Central poderá criar, a seu critério, por meio de resolução, Redes
Temáticas vinculadas à REDEPLAN dedicadas ao exercício de funções específicas
de planejamento.
Art.
4º - Compete ao Órgão Central de Planejamento:
a)
estimular a participação e a cooperação entre os integrantes da REDEPLAN,
visando a troca de conhecimentos e experiências;
b)
disseminar normas e instruções normativas de orientação sobre as funções de
planejamento;
c)
propor melhorias na gestão das funções de planejamento;
d)
estabelecer objetivos comuns e metas em relação aos assuntos de interesse da
rede e seus integrantes;
e)
divulgar notícias e atualizações relacionadas aos objetivos da rede;
f)
planejar, divulgar e apoiar a realização de capacitações e demais atividades
formativas;
g)
manter atualizada base de contatos dos servidores designados pelos Órgãos
Setoriais e Entidades para compor a REDEPLAN e, quando couber, indicar a
vinculação dos mesmos às Redes Temáticas que venham a ser constituídas; e
h)
manter atualizado o histórico das capacitações e demais atividades formativas
promovidas pelo Órgão Central, concluídas pelos servidores após a publicação
deste Decreto.
Art.
5º - Caberá aos Órgãos Setoriais e Entidades, sempre que demandados pelo Órgão
Central, designar os servidores que deverão integrar a REDEPLAN e demais Redes
Temáticas a ela porventura vinculadas.
Parágrafo
Único - O Órgão Central definirá, por meio de resolução, a sistemática a ser
adotada pelos Órgãos Setoriais e Entidades, com vista à formalização da
inclusão de seus servidores na REDEPLAN.
Art.
6º - Compete aos integrantes da REDEPLAN:
a)
elaborar e revisar o plano plurianual - PPA;
b)
elaborar os indicadores constantes na programação do órgão no P PA ;
c)
monitorar e avaliar por meio de indicadores a execução da programação do órgão
no PPA;
d)
envidar esforços para que os integrantes da REDEPLAN do seu Órgão ou Entidade
atuem de forma integrada;
e)
compartilhar com os demais integrantes da REDEPLAN do seu Órgão ou Entidade às
diretrizes expedidas pelo Órgão Central;
f)
propor ao Órgão Central melhorias na gestão das funções de planejamento;
g)
prestar informações ao Órgão Central quando demandados; e
h)
participar, sempre que necessário, das atividades de capacitação e demais
atividades formativas promovidas pelo Órgão Central.
Art.
7º - Caberá ao Órgão Central divulgar o Plano de Capacitação da REDEPLAN,
podendo compreender cursos, oficinas, palestras, encontros e outras ações
similares.
Art.
8º - O Órgão Central regulamentará, por meio de resolução, a forma de operacionalização
das atividades da REDEPLAN e, quando couber, de suas Redes Temáticas, podendo
inclusive suspender ou excluir integrantes que não cumpram os requisitos
mínimos estabelecidos através deste Decreto ou atuem de forma inadequada ao bom
funcionamento das Redes.
Art.
9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
demais disposições em contrário.
Rio
de Janeiro, 19 de dezembro de 2019
WILSON
WITZEL
Id:
2228978
DECRETO
Nº 46.883 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2019
CRIA,
SEM AUMENTO DE DESPESA, A REDE DE ORÇAMENTO DO PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO - REDOR, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições legais, tendo em
vista o disposto no Decreto nº 46.787 e o disposto no Processo nº SEI nº
12/001/025171/2019;
DECRETA
:
Art.
1º - Fica criada, sem aumento de despesa, a Rede de Orçamento do Poder
Executivo do Estado do Rio de Janeiro - REDOR.
§
1º - A REDOR consiste em um conjunto de servidores, vinculados às suas
respectivas unidades administrativas, que desempenham ou possam vir a
desempenhar funções de orçamento nos Órgãos ou Entidades do Poder Executivo do
Estado do Rio de Janeiro.
§
2º - O desempenho das funções de orçamento de que trata o parágrafo anterior
compreende a elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - PLDO,
do Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA, a execução orçamentária da receita
e da despesa e a elaboração de estudos e propostas de aprimoramento da gestão
orçamentária e demais temas afins.
§
3º - A Subsecretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão - SUBPOG,
nos termos do Decreto nº 46.787, de 14 de outubro de 2019 (SPO), responderá na
qualidade de Órgão Central do Sistema de Planejamento e Orçamento do Estado do
Rio de Janeiro - SPO pela coordenação das atividades relacionadas à REDOR.
Art.
2º - A REDOR tem por objetivos:
I
- desenvolver mecanismos de comunicação entre os seus integrantes;
II
- fomentar boas práticas de gestão e execução das funções de orçamento;
III
- disseminar as diretrizes estabelecidas pelo Órgão Central, visando a efetiva
execução das funções de orçamento;
IV
- padronizar as normas e os procedimentos relativos às atribuições de seus
integrantes;
V
- prover o Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro com servidores
adequadamente capacitados.
Art.
3º - O Órgão Central poderá criar, a seu critério, por meio de resolução, Redes
Temáticas vinculadas à REDOR dedicadas ao exercício de funções específicas de
orçamento.
Art.
4º - Compete ao Órgão Central de Orçamento:
I
- estimular a participação e a cooperação entre os integrantes da REDOR,
visando a troca de conhecimentos e experiências;
II
- disseminar normas e instruções normativas de orientação sobre as funções de
orçamento;
III
- propor melhorias na gestão das funções de orçamento;
IV
- estabelecer objetivos comuns e metas em relação aos assuntos de interesse da
rede e seus integrantes;
V
- divulgar notícias e atualizações relacionadas aos objetivos da rede;
VI
- planejar, divulgar e apoiar a realização de capacitações e demais atividades
formativas;
VII
- manter atualizada base de contatos dos servidores designados pelos Órgãos
Setoriais e Entidades para compor a REDOR e, quando couber, indicar a
vinculação dos mesmos às Redes Temáticas que venham a ser constituídas; e
VIII
- manter atualizado o histórico das capacitações e demais atividades formativas
promovidas pelo Órgão Central, concluídas pelos servidores após a publicação
deste Decreto.
Art.
5º - Caberá aos Órgãos Setoriais e Entidades, sempre que demandados pelo Órgão
Central, designar os servidores que deverão integrar a REDOR e demais Redes
Temáticas a ela porventura vinculadas.
Parágrafo
Único - O Órgão Central definirá, por meio de resolução, a sistemática a ser
adotada pelos Órgãos Setoriais e Entidades, com vista à formalização da
inclusão de seus servidores na REDOR.
Art.
6º - Compete aos integrantes da REDOR:
I
- elaborar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias - PLDO;
II
- elaborar o Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA;
III
- viabilizar a execução orçamentária da receita e da despesa;
IV
- envidar esforços para que os integrantes da REDOR do seu Órgão ou Entidade
atuem de forma integrada;
V
- compartilhar com os demais integrantes da REDOR do seu Órgão ou Entidade as
diretrizes expedidas pelo Órgão Central;
VI
- propor ao Órgão Central melhorias na gestão das funções de orçamento;
VII
- prestar informações ao Órgão Central quando demandados; e
VIII
- participar, sempre que necessário, das atividades de capacitação e demais
atividades formativas promovidas pelo Órgão Central.
Art.
7º - Caberá ao Órgão Central divulgar o Plano de Capacitação da REDOR, podendo
compreender cursos, oficinas, palestras, encontros e outras ações similares.
Art.
8º - O Órgão Central regulamentará, por meio de resolução, a forma de
operacionalização das atividades da REDOR e, quando couber, de suas Redes
Temáticas, podendo inclusive suspender ou excluir integrantes que não cumpram
os requisitos mínimos estabelecidos através deste Decreto ou atuem de forma
inadequada ao bom funcionamento das Redes.
Art.
9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
demais disposições em contrário.
Rio
de Janeiro, 19 de dezembro de 2019.
WILSON
WITZEL
Id:
2228979
Pág.
27
ATO
DO GOVERNADOR
DECRETO
DE 09 DE DEZEMBRO DE 2019
O
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e
tendo em vista o que consta do processo administrativo disciplinar n.º
E-03/004/3829/2013,
DECRETA
a DEMISSÃO de JOSIMAR DIONYSIO DO NASCIMENTO , Professor Docente I, Nível C,
Referência 03, Identidade Funcional n° 42494907, Matrícula n° 3029687-5,
Vínculo 02, por transgressão ao artigo 52, inciso V, §1°, do Decreto-Lei n°.
220/1975, alterado pela Lei Complementar n°. 85/1996, por ter se ausentado ao
serviço, sem justa causa, por 10 (dez) dias consecutivos.
Pág.
29
EXONERAR,
a pedido e com validade a contar de 09 de novembro de 2019, AIRES FRANCISCO DE
OLIVEIRA, ID FUNCIONAL Nº 5000386-0, Auditor Fiscal da Receita Estadual 2ª
Categoria, do cargo em comissão de Coordenador, símbolo DAS-8, da Coordenadoria
Administrativa, da Superintendência de Planejamento Fiscal, da Subsecretaria de
Estado de Receita, da Secretaria de Estado de Fazenda. Processo nº SEI-04/188/000235/2019.
Pág.
137
ATO
DO SECRETÁRIO
RESOLUÇÃO
SEFAZ Nº 99 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2019
ESTABELECE,
PARA O EXERCÍCIO DE 2020, OS PRAZOS DE RECOLHIMENTO DO IPVA RELATIVO A VEÍCULOS
AUTOMOTORES TERRESTRES USADOS.
O
SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuições legais, de acordo
com o inciso II do Parágrafo Único do art. 148 da Constituição do Estado do Rio
de Janeiro; o art. 11 da Lei nº 2.877, de 22 de dezembro de 1997; o § 1º do
art. 14 da Resolução SEFAZ nº 978, de 26 de fevereiro de 2016, e tendo em vista
o contido no Processo n.º SEI-04/070/001857/2019.
RESOLVE
:
Art.
1º- O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), instituído
pela Lei n.º 2.877, de 22 de dezembro de 1997, referente ao exercício de 2020,
relativo a veículos automotores terrestres usados, deverá ser pago em cota
única ou em 3 (três) parcelas mensais, iguais e sucessivas, conforme calendário
de pagamento constante do Anexo Único desta Resolução.
Art.
2º- O recolhimento, previsto pelo art. 1º, será efetuado por meio da Guia para
Regularização de Débitos - GRD.
§
1º- O documento de que trata o caput poderá ser retirado pelo contribuinte pela
“internet”, na página da Secretaria de Estado de Fazenda, no endereço
eletrônico www.fazenda.rj.gov.br;
ou, do Banco Bradesco, no endereço eletrônico www.bradesco.com.br.
§
2º- O pagamento da GRD deverá ser efetuado em dinheiro e poderá ser realizado
em qualquer agência bancária.
Art.
3º- As tabelas de valor da base de cálculo do imposto para os veículos usados
serão publicadas oportunamente em Resolução específica.
Art.
4º- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Rio
de Janeiro, 18 de dezembro de 2019
LUIZ
CLAUDIO RODRIGUES DE CARVALHO
Secretário
de Estado de Fazenda
ANEXO
ÚNICO
CALENDÁRIO
DE VENCIMENTOS DO IPVA/2020 PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES TERRESTRES USADOS
PAGAMENTO
EM COTA ÚNICA OU EM 3 PARCELAS
Ve
n c i m e n t o s
Final
de Placa
Cota Única ou 1ª parcela
2ª parcela
3ª parcela
0
21/jan
20/fev
23/mar
1
22/jan
21/fev
24/mar
2
23/jan
27/fev
30/mar
3
24/jan
28/fev
31/mar
4
27/jan
02/mar
01/abr
5
28/jan
03/mar
02/abr
6
29/jan
04/mar
03/abr
7
30/jan
05/mar
06/abr
8
31/jan
06/mar
07/abr
9
03/fev
09/mar
08/abr
Id:
2228588
SECRETARIA
DE ESTADO DE FAZENDA
ATO
DO SECRETÁRIO
RESOLUÇÃO
S E FA Z Nº 100 DE 19 DE DEZEMBRO DE 2019
DISCIPLINA,
NO ÂMBITO DA SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA, O PAGAMENTO DE DÉBITO FISCAL, NÃO
INSCRITO NA DÍVIDA ATIVA, POR MEIO DE CARTÃO DE CRÉDITO OU DÉBITO E O
CREDENCIAMENTO DE EMPRESAS PARA A OPERACIONALIZAÇÃO DO REFERIDO PAGAMENTO.
O
SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas
atribuições e,
CONSIDERANDO:
-
a necessidade de aperfeiçoar a forma de pagamento de débito fiscal, não
inscrito na dívida ativa, adequando-a a métodos de pagamento mais difundidos na
sociedade;
-
a necessidade de regulamentar os procedimentos entre o pagamento por meio de
cartão de crédito ou débito pelo contribuinte e a quitação dos débitos junto ao
Estado;
-
a necessidade de adotar procedimento de credenciamento junto a esta Secretaria
de Estado de Fazenda e ao agente arrecadador do Estado;
-
a necessidade de estabelecer um padrão de segurança e efetividade do
cumprimento das normas estabelecidas pelo Sistema de Pagamento Brasileiro -
SPB, controlado pelo Banco Central do Brasil - BACEN;
R
E S O LV E :
CAPÍTULO
I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art.
1º - Esta Resolução disciplina o pagamento de débito fiscal, não inscrito na
dívida ativa, por meio de cartão de crédito ou débito, e o credenciamento de
empresas para a operacionalização do referido pagamento.
Art.
2º - Para fins desta Resolução, considera-se:
I
- adquirente: instituição responsável pela relação entre os subadquirentes e as
bandeiras e emissores de cartões;
II
- subadquirente/facilitadora de pagamento: é a instituição que de algum modo
intermedeia o pagamento para outros;
III
- arranjo de pagamento: conjunto de regras e procedimentos que disciplina a
realização de determinado tipo de pagamento ao público aceito por mais de um
recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e
recebedores;
IV
- Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB: compreende as entidades, os sistemas
e os procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações
de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos
financeiros e valores mobiliários;
V
- agente arrecadador: instituição bancária contratada pela Secretaria de Estado
de Fazenda a arrecadar tributos e outras receitas públicas;
VI
- contribuinte: pessoa, física ou jurídica, que se apresentar junto à empresa
credenciada pela Secretaria de Estado de Fazenda a fim de obter o pagamento de
débito fiscal, não inscrito na dívida ativa, por meio de cartão de crédito ou
débito.
CAPÍTULO
II - DAS NORMAS GERAIS PARA ARRECADAÇÃO DOS DÉBITOS FISCAIS, NÃO INSCRITOS NA
DÍVIDA ATIVA, POR MEIO DE CARTÃO DE CRÉDITO OU DÉBITO
Art.
3º - O recolhimento de débito fiscal, não inscrito na dívida ativa, será
realizado exclusivamente à vista e de forma integral para os cofres públicos.
§
1º - Para fins do recolhimento referido no "caput", o contribuinte
poderá, opcionalmente, sem prejuízo da utilização dos demais meios previstos na
legislação, utilizar os meios oferecidos pelas empresas credenciadas nos termos
desta Resolução para que o referido recolhimento ocorra por meio de cartão de
crédito ou débito, à vista ou em parcelas.
§
2º - Caso o recolhimento ocorra por meio de cartão de crédito ou débito:
1
- o recolhimento junto ao agente arrecadador será realizado no mesmo dia da
operação financeira relativa ao cartão e de forma integral para os cofres
públicos;
2
- os encargos e eventuais diferenças de valores a serem cobrados por conta da
utilização do cartão de crédito ou débito ficam exclusivamente a cargo do seu
titular;
3
- a operação será realizada por conta e risco das instituições integrantes do
Sistema de Pagamento Brasileiro - SPB, de modo que eventual inadimplemento por
parte do titular do cartão em relação à respectiva fatura não produzirá
qualquer efeito em relação ao valor recolhido aos cofres públicos, nem gerará
ônus ao Estado.
§
3º - A comprovação do recolhimento do débito fiscal, não inscrito na dívida
ativa, realizado conforme disposto no § 1º, se dará mediante documento emitido
conforme disciplina estabelecida pela autoridade competente da Secretaria de
Estado de Fazenda nos termos previstos na legislação.
§
4º - A mera apresentação de recibo da operação financeira realizada entre o
titular do cartão de crédito ou débito e a operadora do respectivo cartão não
comprova a extinção do débito do contribuinte com o Estado.
Art.
4º A empresa credenciada nos termos desta Resolução:
I
- deverá disponibilizar aos interessados em recolher débito fiscal, não
inscrito na dívida ativa, alternativa para recolhimento do referido débito à
vista ou em parcelas por meio de cartão de crédito ou débito, informando de
forma transparente e clara o custo efetivo da operação;
II
- após a confirmação da aprovação e efetivação da operação por meio do cartão
de crédito ou débito pela operadora, deverá proceder ao recolhimento do débito
no mesmo dia da operação financeira relativa junto ao agente arrecadador, nos
termos do art. 3º;
III
- deverá fornecer ao contribuinte o documento comprobatório do recolhimento a
que se refere o § 3 do artigo 3º.
Parágrafo
Único - O não recolhimento nos termos do inciso II do "caput" sujeita
a empresa ao descredenciamento de ofício, nos termos do Capítulo VII, sem
prejuízo das responsabilizações legais cabíveis, auditoria técnica
especializada, para atestar o cumprimento dos requisitos, sem ônus para o
estado, e, se for o caso, execução da garantia prevista no § 2 do artigo 7º.
Art.
5º - O acesso aos sistemas da Secretaria de Estado de Fazenda se dará por meio
de serviço para consulta de débitos de IPVA.
§
1º - É vedada a divulgação ou utilização para outros fins de informações
obtidas por meio de quaisquer dos sistemas indicados no "caput" fora
do escopo do arranjo de pagamento.
§
2º - O adquirente e a subadquirente/facilitadora de pagamento deverão
apresentar prestação de contas das atividades disciplinadas por esta Resolução,
observando-se prazo, forma e condições estabelecidos pela Secretaria de Estado
de Fazenda.
Art.
6º - A fiscalização da execução das atividades previstas nesta Resolução será
exercida pela Secretaria de Estado de Fazenda, ou empresas por ela contratadas
para este fim, com a finalidade de verificar se as empresas credenciadas estão
cumprindo as disposições desta Resolução e as demais normas aplicáveis.
CAPÍTULO
III - DO CREDENCIAMENTO
Art.
7º - Para fins de credenciamento para realizar a operacionalização do pagamento
nos termos do artigo 1º, a pessoa jurídica interessada deverá:
I
- apresentar os seguintes documentos e informações:
a)
contrato, estatuto social e/ou regimento e suas alterações, devidamente
registrado;
b)
ata de eleição da diretoria em exercício, devidamente registrada, quando
couber;
c)
ato de outorga de poderes ao representante legal da empresa;
d)
cédula de identidade e Cadastro de Pessoa Física - CPF do(s) representante(s)
legal(is);
e)
endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cidade, unidade da
Federação e CEP), número de telefone e e-mail;
f)
cópia do cartão de inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
g)
certificado de Regularidade do FGTS - CRF, fornecido pela Caixa Econômica
Federal, que comprove a regularidade de situação junto ao Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço;
h)
certidão conjunta referente aos tributos federais e à Dívida Ativa da União,
administrados, no âmbito de suas competências, pela Secretaria da Receita
Federal e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;
i)
prova de regularidade perante a Fazenda Estadual e Municipal do domicílio ou
sede da empresa, ou outra equivalente, na forma da lei;
j)
última alteração de contrato social e/ou estatuto social, comprovando que a
empresa possui capital social integralizado maior que 290.000 UFIR-RJ;
k)
certidão negativa de pedido de falência ou concordata, expedida pelo
distribuidor da sede da empresa, com data de emissão, no máximo, de 30 (trinta)
dias consecutivos anteriores à data do credenciamento;
l)
declaração do agente arrecadador, com o qual mantém vínculo nos termos do
inciso IV, de que:
1.
efetuará o pagamento à Secretaria de Estado de Fazenda de forma integral, na
forma contratual vigente, quando as máquinas de cartão, ou a plataforma
virtual, da empresa credenciada forem utilizadas para a realização dos
pagamentos dos débitos nos termos do artigo 1º e as mesmas emitirem os
comprovantes com autenticação do agente arrecadador, conforme previsto no § 3º
do artigo 3º;
2.
suspenderá o acesso aos sistemas referidos no artigo 5º por parte da empresa
credenciada, na hipótese de descredenciamento.
II
- estar autorizada como adquirente ou subadquirente/facilitadora de pagamento
por instituição credenciadora supervisionada e homologada pelo Banco Central do
Brasil, podendo processar pagamentos, inclusive parcelados, mediante uso de
cartões de crédito ou débito normalmente aceitos no mercado financeiro;
III
- estar em plena conformidade com os padrões PCI-DSS (Payment Card Industry
Data Security Standards), devendo a empresa interessada no credenciamento
possuir certificação válida emitida por empresa de auditoria oficial
credenciada pelo PCI-DSS em seu nome, não podendo utilizar-se de certificação
em nome de terceiros;
IV
- possuir contrato de correspondente bancário firmado com agente arrecadador ou
outro vínculo jurídico equivalente;
V
- declarar e comprovar que consegue acessar os sistemas de arrecadação da
Secretaria de Estado de Fazenda listados no artigo 5º;
VI
- declarar e comprovar, por meio de instrumento jurídico próprio, que consegue
efetuar pagamentos obrigatoriamente com autenticação bancária do agente
arrecadador de maneira imediata após a operação
financeira
de crédito ou débito.
§
1º - O credenciamento somente poderá ser efetuado sem ônus para a Secretaria de
Estado de Fazenda.
§
2º - Poderá ser exigida a apresentação de garantias, por parte da empresa
credenciada ou do agente arrecadador, conforme disciplina da Subsecretaria de
Receita.
§
3º - A Subsecretaria de Receita certificará as comprovações junto ao agente
arrecadador, especialmente em relação ao disposto na alínea "l" do
inciso I e no inciso VI do "caput" deste artigo.
§
4º - A Subsecretaria de Gestão e Tecnologia e a Subsecretaria de Receita
poderão estabelecer outros requisitos, bem como requisitar outros documentos ou
substituir os indicados neste artigo.
Art.
8º - O requerimento para credenciamento deverá ser feito, por meio de ofício,
encaminhado ao Secretário de Estado de Fazenda no endereço: Secretaria de
Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, Av. Presidente Vargas, nº 670 -
Rio de Janeiro/RJ, CEP 20071-905, 2º andar, DAC- Departamento de Atendimento ao
Contribuinte.
Art.
9º - O credenciamento será concedido pelo prazo máximo de 60(sessenta) meses,
admitidas prorrogações a critério da Secretaria de Estado de Fazenda, caso
sejam atendidos os requisitos previstos nesta Resolução.
CAPÍTULO
IV - DA OPERACIONALIZAÇÃO DO PAGAMENTO POR MEIO DE CARTÃO DE CRÉDITO OU DÉBITO
Art.
10 - As empresas credenciadas poderão realizar a operacionalização do pagamento
nos termos do artigo 1º desta Resolução em estabelecimento próprio, por meio de
equipamento POS(Point of Sale), ou TEF(Transferência Eletrônica de Fundos), ou
qualquer meio virtual, inclusive mobile, sem nenhuma manipulação do valor de
pagamento.
Parágrafo
Único - A segurança da operação, tanto por via presencial quanto pela internet,
é de responsabilidade da empresa credenciada, consubstanciando um risco
operacional inerente do negócio financeiro que realiza.
CAPÍTULO
V - DOS DIREITOS E DEVERES DAS EMPRESAS CREDENCIADAS
Art.
11 - A empresa credenciada tem o direito de:
I
- acessar os sistemas de arrecadação da Secretaria de Estado de Fazenda, por
meio de serviços, conforme art. 5º, ou por meio do agente arrecadador;
II
- sugerir novas interfaces de comunicação com a Secretaria de Estado de Fazenda
a fim de obter outras atividades que visem facilitar ao contribuinte o acesso
aos seus débitos junto ao Estado e que decorra em melhoria do serviço ao
cidadão.
§
1º - O acesso a que se refere o inciso I do "caput" é exclusivo para
a consulta e pagamento do usuário que se apresenta para obter o financiamento
da empresa credenciada.
§
2º - É vedada toda e qualquer consulta prospectiva por parte da empresa
credenciada, inclusive seus funcionários ou prepostos.
§
3º - A utilização indevida das informações ou dos acessos ensejarão
descredenciamento, sem prejuízo de outras responsabilizações no âmbito cível ou
penal.
§
4º - As sugestões referidas no inciso II do "caput" deverão ser
submetidas ao Secretário de Estado de Fazenda, que fará os encaminhamentos
internos para os estudos e concretização das sugestões, se assim entender
cabível.
Art.
12 - A empresa credenciada tem o dever de:
I
- realizar ações integradas de comunicação e mídia visando informar aos
interessados a disponibilização de uma nova ferramenta para quitação de
débitos;
II
- conhecer as normas e procedimentos aplicáveis às atividades disciplinadas por
esta Resolução;
III
- manter o sigilo das informações obtidas da Secretaria de Estado de Fazenda e
do contribuinte;
IV
- na hipótese de perder a qualidade de credenciada, cessar imediatamente os
acessos aos sistemas de arrecadação da Secretaria de Estado de Fazenda;
V
- manter os registros que comprovem todas as operações efetuadas, pelo prazo de
5 (cinco) anos após o final do credenciamento;
VI
- manter o sigilo das operações financeiras consultadas e realizadas;
VII
- disponibilizar as informações necessárias ao contribuinte para que este tenha
ciência dos encargos e outros acréscimos que lhe estão sendo cobrados para
efetivação da operação financeira;
VIII
- efetuar o recolhimento dos débitos junto ao agente arrecadador, independente
de o titular do cartão ser ou não o contribuinte dos recolhimentos pretendidos;
IX
- sempre que solicitado, encaminhar as informações sobre as operações
realizadas à Secretaria de Estado de Fazenda;
X
- apresentar de maneira clara e transparente os custos totais da operação
financeira a que o cidadão estará submetido;
§
1º - O abuso ou desvirtuamento no uso das ferramentas de arrecadação sujeitam a
empresa às responsabilizações previstas na legislação.
§
2º - É responsabilidade da empresa credenciada garantir a lisura da confirmação
da operação financeira, a qual, uma vez realizada, torna obrigatório o
recolhimento do débito correspondente junto ao agente arrecadador.
CAPÍTULO
VI - DOS DIREITOS E DEVERES DOS CONTRIBUINTES
Art.
13 - O contribuinte tem o direito de, em momento prévio à operação financeira,
ser cientificado das seguintes informações:
I
- custos totais da operação financeira aos quais estará submetido;
II
- valores de parcela aos quais estará sujeito;
III
- o detalhamento e o montante do débito que está submetendo para pagamento.
§
1º - Aceitas as condições, é responsabilidade exclusiva do titular do cartão
arcar com a quitação da operação financeira realizada entre este e a operadora
do cartão.
§
2º - Independente de o titular do cartão ser ou não o contribuinte dos
recolhimentos pretendidos junto à Secretaria de Estado de Fazenda, a quitação
dos débitos favorece o contribuinte elencado nas operações junto à empresa
credenciada.
Art.
14 - O contribuinte tem o direito de, em momento posterior à operação
financeira, receber:
I
- comprovante de pagamento a que se refere o § 3º do artigo 3º;
II
- comprovante da operação financeira realizada entre o titular do cartão e a
respectiva operadora.
Art.
15 - O contribuinte tem o dever de:
I
- exigir o comprovante de pagamento a que se refere o § 3º do artigo 3º;
II
- exigir comprovante da operação financeira realizada entre o titular do cartão
e a respectiva operadora;
III
- denunciar a empresa credenciada que não estiver procedendo de acordo com as
normas estabelecidas nesta Resolução;
IV
- denunciar a empresa credenciada que não estiver procedendo de acordo com as
normas de direito público e privado relacionadas com a atividade exercida.
§
1º - O documento referido no inciso I do "caput" é essencial para
comprovar o recolhimento.
§
2º - A mera apresentação do comprovante referido no inciso II do
"caput" não faz prova de recolhimento de débitos junto à Secretaria
de Estado de Fazenda.
§
3º - A quitação conforme prevista no inciso I do "caput" ocorre
independentemente de o titular do cartão ser ou não o contribuinte a que se
refere o débito objeto de recolhimento.
§
4º - O comprovante de pagamento referido no inciso I do "caput" é o
mesmo já utilizado pelo Agente Arrecadador do Estado de Rio de Janeiro.
CAPÍTULO
VII - DO DESCREDENCIAMENTO
Art.
16 - As empresas credenciadas poderão ser descredenciadas:
I
- a pedido;
II
- de ofício, quando for constatado que a empresa deixou de cumprir suas
obrigações.
§
1º - As despesas decorrentes do descredenciamento serão de responsabilidade da
empresa.
§
2º - A empresa descredenciada deve efetuar a comunicação imediata de sua
condição aos contribuintes.
Art.
17 - A perda da qualidade de credenciada obriga a empresa a:
I
- cessar imediatamente os acessos aos sistemas de arrecadação;
II
- comunicar e divulgar a perda da condição de credenciada junto aos seus canais
de comunicação e formalmente ao(s) agente(s) arrecadador(es) com os quais
mantiver vínculo.
§
1º - Os custos de desmobilização correrão por conta da empresa descredenciada.
§
2º - O(s) agente(s) arrecadador(es) com os quais a empresa mantiver vínculo
deverão suspender os acessos aos sistemas referidos no artigo 5º, conforme
previsto na declaração a que se refere a alínea "l" do inciso I do
artigo 7º.
CAPÍTULO
VIII - DAS RESPONSABILIDADES
Art.
18 - As informações dos contribuintes e de interesse do Estado do Rio de
Janeiro não podem ser disponibilizadas ou divulgadas a terceiros.
§
1º - A divulgação indevida de informações gera responsabilização da empresa
credenciada.
§
2º - A reincidência poderá ensejar o descredenciamento, sem prejuízo de outras
sanções.
Art.
19 - O descumprimento das regras estabelecidas por esta Resolução pode ensejar
responsabilidade civil e penal.
CAPÍTULO
IX - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art.
20 - Os repasses financeiros do pagamento dos débitos nos termos desta
Resolução serão efetuados pelo agente arrecadador observando-se o disposto no
contrato de arrecadação celebrado com a Secretaria de Estado de Fazenda, bem
como na disciplina por esta estabelecida.
Art.
21 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Rio
de Janeiro, 19 de dezembro de 2019
LUIZ
CLAUDIO RODRIGUES DE CARVALHO
Secretário
de Estado de Fazenda
Id:
2228951