17/07/2015
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Valor Econômico
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Secretários estaduais entregam pauta
para Fazenda
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Bueno: Estados e municípios têm mais
condições de investir do que a União
Secretários estaduais entregam pauta
para Fazenda
Renata Batista
Do Rio
Reunidos no Rio de Janeiro, secretários estaduais de Fazenda pretendem pedir
hoje ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que avalie o impacto para os
Estados das medidas que estão sendo adotadas para restabelecer o equilíbrio
fiscal do país. A avaliação é que o governo federal não está avaliando a
situação geral, e desconsidera as demandas que Estados e municípios têm que
atender quando, por exemplo, atrasa repasses e propõe medidas que afetam a
receita. Eles frisam, porém, estar de acordo com a necessidade do ajuste
fiscal.
Na pauta dos Estados, que será entregue ao ministro em um documento, além da
discussão sobre o tamanho da compensação necessária para a unificação da
alíquota de ICMS, eles querem que o Ministério da Fazenda volte a dar o aval
da União para operações de crédito. Além disso, pedem atenção a medidas que
afetem as receitas de Estados e municípios, como a proposta de desvinculação
da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). O descumprimento
dos cronogramas de repasses, como o da saúde, também preocupa os
secretários.
Para o secretário de Fazenda do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, a pauta é
positiva, porque Estados e municípios têm mais condições de investir do que a
União nesse momento. A suspensão das garantias da União para novos
empréstimos, porém, gera incômodo para vários Estados.
O Estado de São Paulo, por exemplo, aguarda o aval para uma operação de R$
800 milhões com a Caixa para pagar desapropriações necessárias a continuidade
da obra da Linha 6 do Metrô.
Na Bahia, a Secretaria de Fazenda calcula que poderia alavancar R$ 2 bilhões
em recursos para novos projetos mantendo o mesmo nível de comprometimento da
receita corrente líquida (RCL). Hoje, o Estado compromete 0,4% da receita
corrente líquida e passaria a comprometer 0,5%. O limite é 2%.
"Entendemos a situação, mas é preciso avaliar caso a caso e o risco para
os projetos", diz o secretário da Fazenda de São Paulo, Renato Villela,
para quem a vantagem é que não há nenhum tipo de privilégio. "O bom é
que, diferentemente do que acontecia no passado, o critério agora é o mesmo
para todo mundo", afirma o secretário.
De acordo com o secretário da Bahia, Manoel Vitorio, simultaneamente, os
governadores do Nordeste, que também se reúnem hoje, divulgarão um documento
em apoio ao ajuste fiscal.
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