É necessária uma dose sobre-humana de ingenuidade para acreditar que apenas o agente político se locupleta da corrupção.
Para cada real que um agente público ou político recebe de suborno ou propina, o agente privado interessado lucra pelo menos 10 vezes mais. Não existe empresário coitadinho que aceita pagar propina. Se paga, é bandido igual ao político.
Por essa lógica, os 250 milhões recuperados de Cabral podem ter virado 2,5 bi em lucro ilegal para as empresas envolvidas.
Se apenas a corrupção não explica o rombo nas contas públicas, ela, base da gestão temerária, é um dos principais fatores que levaram o nosso Estado a esse caos.
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