Witzel quer sugerir adaptações na Lei de Recuperação Fiscal do RJ a Bolsonaro
Governador eleito fez caminhada na Central do Brasil para agradecer eleitores
e disse que geração de empregos será prioridade. Witzel teve 4.675.355 (59,87%)
dos votos válidos.
Por Cistina Boeckel, G1 Rio
O governador eleito do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi até a Central do Brasil, um dos principais pontos de fluxos de passageiros da Região Metropolitana, na manhã desta segunda-feira (29), para agradecer aos eleitores.
Durante a caminhada, Witzel disse que pretende se reunir com o presidente eleito Jair Bolsonaro para sugerir adaptações na Lei de Recuperação Fiscal.
“A gente quer falar sobre a lei de Recuperação Fiscal, um novo modelo que eu proponho. O Brasil pode sim absorver muito mais que os estados. Mas vamos sentar com a equipe econômica do governo federal para que a gente estabeleça algumas metas a serem seguidas”, destacou.
Witzel tomou café da manhã com os eleitores e comeu um pão na chapa com café com leite. Ele contou que veio de metrô e que pretende ouvir o povo.
Geração de empregos será prioridade
Ele ainda destacou que a principal preocupação de seu governo será a geração de empregos, oferecendo propostas de investimento para que empresas invistam no RJ, com a implantação de indústrias e a retomada de obras de infraestrutura.
“Precisamos gerar emprego. A segurança é prioridade, assim como a saúde pública. Mas isso vai da gestão eficiente. Mas gerar emprego depende de convencer empresários, fundos de investimento e de mostrar que o Rio é viável, que o Rio tem condições”, explicou Witzel.
O atual governador, Luiz Fernando Pezão, ofereceu um andar do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, para que Witzel e sua equipe tomem conhecimento da situação do RJ em várias esferas ao longo do período de transição. De acordo com Witzel, ele aceitou a oferta de Pezão e o processo começa na quarta-feira.
“A gente precisa de espaço. Foi uma campanha pobre e vamos ocupar o espaço que ele cedeu gentilmente”, destacou o governador eleito.
Ele fez a caminhada acompanhado por aliados como o vice, Cláudio Castro, também do PSC, e André Monteiro, candidato a governador pelo PRTB.
De acordo com Castro, a palavra-chave do novo governo é austeridade. “Vai ter que realmente cortar na carne, cortar cargos, encargos e olhar os contratos. São ações primordiais que vamos ter que fazer e que todos os governos quando entram tem que fazer”, destacou o vice.
A realidade da violência do RJ estava a poucos metros de distância do primeiro compromisso como governador eleito. Desde o começo do dia, agentes da Umidade de Polícia Pacificadora (UPP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar faziam uma ópera nos Morros da Providência e do Pinto.
Secretariado
Witzel afirmou que está “olhando currículos e verificando posturas para escolher um secretariado técnico.
“Minha preocupação agora foi a de ter alguém com muita experiência na área da Previdência, que é o Sérgio Aureliano. Agora vamos em busca de alguém para ocupar a Secretaria de Fazenda e Planejamento. Este é outro ponto sensível por onde passa a questão do desenvolvimento econômico do estado, as propostas”, destacou o novo governador.
Na noite deste domingo (28), ele fez um pronunciamento sobre a vitória no segundo turno das eleições sobre Eduardo Paes (DEM). "Neste segundo turno o que nós percebemos é que a esperança renasce para o povo do Rio de Janeiro", disse Witzel, em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Ele afirmou que recebeu a ligação de Eduardo Paes e o agradeceu pela participação no processo democrático. Witzel também garantiu recuperar o RJ em 4 anos nas áreas que considera as mais importantes: "O RJ será manchete de todos os jornais nas áreas de saúde, segurança, educação e economia".
A vitória foi confirmada às 19h03. Mais tarde, com 100% dos votos apurados, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Witzel teve 4.675.355 (59,87%) dos votos válidos e Paes, 3.134.400 votos (40,13%).
Votos brancos (3,68%) e nulos (13,38%) somaram 1.606.953 votos. Houve ainda 2.984.852 abstenções (24,07%). Somados brancos, nulos e abstenções, chega-se a 4.591.805 votos – mais votos que Eduardo Paes e menos de 100 mil votos a menos que Wilson Witzel.
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