Há uma campanha de
terror sobre o servidor público. O governo vem a um ano, divulgando na
imprensa que o estado vai ter que demitir servidores estatutários.
Essa perseguição demostra um desejo e tem um forte viés político por tentar desviar a atenção da opinião pública dos reais problemas de gestão do estado.
Mas não faz qualquer sentido quando analisamos os números.
Segundo o último caderno SEPLAG de junho, o gasto com todos os servidores ativos é de 1 bi. Fazendo uma conta simples, em um ano com 13° e férias, dá 13,3 bi/ano.
O governo adoraria, mas não pode demitir servidor inativo e/ou pensionista. Por isso vamos fazer um exercício usando apenas esse valor dos ativos que são "legalmente demissíveis".
Se o governador
demitisse TODOS os servidores públicos ativos e o Estado do Rio de Janeiro não
tivesse mais um único policial, bombeiro, professor, médico ou analista, ainda
assim não resolveria o rombo de 17 bi desse ano. Já que a folha de um ano é de
13 bi.
E como o Estado poderia
exercer a sua função de promover o bem estar social sem ninguém trabalhando?
(terceirizado também entra na despesa corrente de pessoal).
Então ao contrário do
que o governo apregoa, demitir servidor, seja 1%, 10%, 20%, 50% ou 100% do
quadro, não resolve a crise.
A conclusão inevitável
que chegamos é a de que o atual governo quer que o servidor esteja sob pressão,
com muito medo.
E com o medo de perder o
emprego, é mais fácil aceitar ficar sem reposição das perdas inflacionárias. É
mais fácil manter as categorias caladas e desmobilizadas.
Enquanto isso o governo não faz um esforço efetivo de controle de custos e auditoria de gastos e dívidas.
Enquanto isso o governo não faz um esforço efetivo de controle de custos e auditoria de gastos e dívidas.
Fonte: Caderno RH SEPLAG
jun/16. Pág. 2.
Disponível em: http://www.rj.gov.br/web/seplag/exibeconteudo?article-id=2095947
Outro aspecto que pouco se fala e poucos reparam é que o Estado, demitindo servidor estável, estará aumentando o rombo da previdência, já que esta tem caráter contributivo. Os servidores ativos representam apenas receitas para o Rioprevidência. E os inativos e pensionistas são as despesas. Quanto menos servidores ativos, maior o rombo.
ResponderExcluir"A previsão é que o caixa do Estado feche as contas em 2016 com déficit (total) de R$ 19 bilhões."
Na previdência, "neste ano, o Rio de Janeiro pagará R$ 18 bilhões. Na contrapartida, a arrecadação será de R$ 5 bilhões, informou a secretaria de estado de fazenda"
(FONTE: http://glo.bo/1OtZF5p)
Ou seja, dos R$ 19 bilhões do déficit do Estado, R$ 13 bi é só da Rioprevidência.
Demitir servidor estável não resolve NADA nas contas do RJ, prejudica a prestação de serviços (que já é de qualidade duvidosa) e ainda aumenta a penúria previdenciária.
Outro aspecto que pouco se fala e poucos reparam é que o Estado, demitindo servidor estável, estará aumentando o rombo da previdência, já que esta tem caráter contributivo. Os servidores ativos representam apenas receitas para o Rioprevidência. E os inativos e pensionistas são as despesas. Quanto menos servidores ativos, maior o rombo.
ResponderExcluir"A previsão é que o caixa do Estado feche as contas em 2016 com déficit (total) de R$ 19 bilhões."
Na previdência, "neste ano, o Rio de Janeiro pagará R$ 18 bilhões. Na contrapartida, a arrecadação será de R$ 5 bilhões, informou a secretaria de estado de fazenda"
(FONTE: http://glo.bo/1OtZF5p)
Ou seja, dos R$ 19 bilhões do déficit do Estado, R$ 13 bi é só da Rioprevidência.
Demitir servidor estável não resolve NADA nas contas do RJ, prejudica a prestação de serviços (que já é de qualidade duvidosa) e ainda aumenta a penúria previdenciária.