segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Presidente da ALERJ distorce números para dizer que o servidor é responsável pala crise

Em entrevista ao Jornal Extra do último dia 5/11, o Deputado Jorge Picciani (PMDB) afirmou que a folha de pagamentos de 2015 ficou 11 bilhões maior do que a de 2014 por causa dos aumentos concedidos por Pezão.

A ANAFERJ gostaria de esclarecer que essa afirmação não se sustenta nos dados oficiais.  Seja  no caderno de recursos humanos da SEPLAG ou nos relatórios oficiais da LRF elaborados pela Contadoria Geral do Estado.

No último quadrimestre de 2014, o Relatório Oficial da CGE apontou uma despesa com pessoal dos últimos 12 meses de 29,140 Bi e o último de 2015 de 30,283 bi. O crescimento foi de 1,1 bi e não de 11 bi.

E a Receita corrente líquida do estado no mesmo período saltou de 46 para 51 bi.

Ou seja, o grupo que está no poder segue buscando justificativas para o confisco do salário do servidor, lançando mão de desinformação para a sociedade.

Segue a íntegra da entrevista:





05/11/2016   
Extra (RJ)
"Estado não pode viver para pagar o funcionalismo" 
ENTREVISTA 
JORGE PICCIANI 
Presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) 

- O que o senhor achou do pacote lançado pelo governo estadual? 
Não tem outro carninho. O Estado mal consegue pagar os salários e não tem previsão para o 13. Se nada for feito, o pagamento vai atrasar. Por outro lado, tem que pensar em todos os cidadãos e não somente nos funcionários, por mais valorosos que sejam. 

- Qual é a causa da crise? 
São três motivos: a crise nacional, a quebradeira da Petrobras e um erro do próprio governo. O Pezão deu aumentos e a folha de pagamento de 2015 ficou R$ 11 bilhões mais cara do que em 2014. As medidas são duras, 
mas necessárias. Vamos discutir todo o mês de novembro, mesmo com sessões extraordinárias. Em dezembro, vamos votar tudo, nem que tenhamos que trabalhar até o dia 31. 

- O que acha do aumento do desconto previdenciário? 
Ou ajusta ou aposentados e pensionistas não vão receber 100%. Poderão surgir emendas no sentido de mudar (a alíquota) de 14% para 20% para quem ganha acima de R$ 20 mil, já que a perda deles será menor. A minha primeira tarefa é fazer com que haja dinamismo nas discussões e no recebimento de emendas. 
Não tenho uma idéia formada em termos de conta. 

- E do corte das secretarias? 
Se tivessem me ouvido, teriam reduzido as secretarias antes. Cobro essa medida há um ano e meio. A gravidade da crise fez o governo se movimentar. Acho positivo. Temos que pensar nos 17 milhões de cariocas. Não podemos ficar num Estado que vive para pagar salário do funcionalismo. 

- É necessário acabar com programas sociais? 
Sobre a municipalização do Restaurante Popular, o (prefeito eleito) Crivella não quer cuidar das pessoas? Espero que ele manifeste a intenção de ficar com eles. Municipaliza ou autoriza as empresas que administram a cobrarem mais pelas refeições. É melhor do que fechar. Já o Aluguel Social e o Renda Melhor têm que ser bancados pelo governo federal, porque essa é uma função nacional. Quando houve crescimento econômico, o (ex-governador) Sérgio Cabral quis agradar o governo federal e deu (os benefícios). Este não é mais o caso. 

- O que acha do reajuste do Bilhete Único? 
Ainda que sacrifique a indústria e o comércio, o Estado diminui as despesas e consegue manter o programa.

- O adiamento dos reajustes salariais não é polêmico? 
Não é uma questão fácil. Vamos ter que adiar porque a folha de pagamento cresceu muito. O Pezão deu (aumentos) erroneamente e vai ser uma guerra. 

- O senhor aprova o corte do salário do governador e secretários? 
Sou a favor, eles têm que dar o exemplo. É a única medida que vai ser fácil de aprovar. As pessoas têm medo do funcionalismo, mas têm que enfrentar. A angústia de quem não recebe é maior que receber um pouco menos.


13 comentários:

  1. Falácia da direita, das elites dominantes. O sr. deputado esquece que ele(s) absorve(m) avidamente o dinheiro dos impostos para seu(s) gordos salários e mordomias, enquanto o professor, o enfermeiro, o policial, a turma do baixo escalão rala muito para ganhar uma miséria, ficar sem receber corretamente o salário, e ainda ter que trabalhar em estruturas pessimamente administradas, péssimas condições de salário, e pagar parte dos salários desses vampiros políticos. PAGUEM OS ATRASADOS DOS SERVIDORES, e trabalhem para o povo.

    ResponderExcluir
  2. Falou o cara que forneceu toda a brita para as obras das Olimpíadas... (aposto que o dele saiu sem cortes)

    ResponderExcluir
  3. Então fecha a porra da porteira do Estado começando com a renúncia ou expulsào dos deputados que nada acrescentam ao governo. Que se faça concurso público para as cadeiras do legislativo estadual e para a governança do Estado pois estes cargos estão sendo ocupados por completos incompetentes.

    ResponderExcluir
  4. Para um mafioso como ele e sua família e fácil falar, pois vivem sugando o Estado

    ResponderExcluir
  5. Cadê o Ministério Público que não vê isso? Tá fazendo denúncia contra ladrão de galinhas?

    ResponderExcluir
  6. O corte tem que vir de cima para baixo. Essa sim será a solução!

    ResponderExcluir
  7. Ele está correto, todos sabemos que o inchaço da máquina pública faz parte do jogo político para manutenção do poder. Só que a população e o funcionalismo não podem pagar pelo erro do Governador. Deve haver uma reforma administrativa priorizando a redução e a extinção de funções, salários, gratificação e outras mordomias dos cargos em comissão e eletivos. Não só o Executivo de promover essa reforma, mas também o Judiciário e o Legislativo - ogrãos que sao recheados com penduricalhos. Todos devem colaborar para o equilíbrio fiscal e a manutenção de programas essenciais para a população carente.

    ResponderExcluir
  8. Picciani falou que a invasão da Alerj foi uma afronta ao Estado democrático.
    Afronta são hospitais sem estruturas para atender a população.
    Afronta são escolas sem estruturas para o ensino das nossas crianças e adolescentes.
    Afronta são policiais sendo mortos todos os dias nas mãos dos traficantes.
    Afronta é o PMDB falir o Estado.
    Cabral, Pezão, Dorneles e Picciani vocês sim são uma afronta.

    ResponderExcluir
  9. Cadê os deputados estaduais. QUANTO receberam para ficar calados?

    ResponderExcluir
  10. A população não pode aceitar esse pacote humilhante. Concederam isenção fiscal de 168 bilhões para os amigos grandes empresários e brincaram na bolsa de valores com a previdência dos servidores do Estado e agora querem passar a conta para os coitados.

    ResponderExcluir
  11. MP comprado... Justiça realmente é chega para olhar os nossos representantes. Quadrilha...

    ResponderExcluir