segunda-feira, 18 de julho de 2016

Júlio Bueno não é mais Secretário de Fazenda

Secretário de Fazenda do RJ, Julio Bueno vai deixar o cargo

Informação foi antecipada pelo telejornal RJTV desta segunda-feira (18).
Há um mês, em entrevista ao G1, ele disse que déficit deve ser de R$ 19 bi.

Do G1 Rio

Secretário Júlio Bueno aposta em retomada no fim de 2016 (Foto: Érica Ramalho / Alerj / Divulgação)Secretário Júlio Bueno aposta em retomada no fim de 2016 (Foto: Érica Ramalho / Alerj / Divulgação)
O O secretário de fazenda do Rio, Julio Bueno, vai deixar o cargo em meio à crise. A saída foi anunciada nesta segunda-feira (18) pelo RJTV. O substituto será Gustavo Barbosa, presidente do RioPrevidência, e deve ser oficializado em instantes. Bueno, no entanto, deve ser mantido no governo como assessor especial do governador em exercício, Francisco Dornelles.
Um dia antes de o Estado decretar estado de calamidade, em junho, Bueno disse ao G1 que a previsão de déficit era de R$ 19 bilhões.  “Se fosse uma empresa, primeira coisa que faria era umarecuperação judicial", afirmou, solicitando apoio ao Governo Federal, que acabou se concretizando com R$ 2,9 bilhões.
Bueno vinha sofrendo pressão para deixar o cargo. O presidente da Assembleia, Jorge Picciani (PMDB), disse ao RJTV que o secretário era o "Zico [jogando] na zaga".
"O Júlio é extremamente esforçado. É um servidor público exemplar, honesto, direito, mas não é um especialista em finanças. O Júlio é um engenheiro de produção. Fez um grande trabalho no Espírito Santo e um grande trabalho no Rio de Janeiro em torno de desenvolvimento econômico, de atração de empresas. Ele está deslocado, é como você pegasse o Zico e mandasse para a zaga, ao invés de botar ele para fazer o gol".
Na entrevista ao G1, Bueno disse que a crise começou a ficar mais aguda em 2015. De acordo com ele, há duas partes nas complicações financeiras do estado, cujas receitas vinham crescendo a 6% ao ano, entre 2007 e 2013: a arrecadação e as despesas.
“A gente tem três problemas: o Brasil e a crise econômica que atravessa, o Rio, que diferente do que se diz tem uma indústria importante, a da siderurgia, petroquímica e automobilística, e claro que a crise brasileira na indústria de transformação impactou a economia do Rio. O ponto dos royalties, que com a queda do preço do petróleo indicou arrecadação menor. E o terceiro, o Rio tem que um dos maiores parques de petróleo do Brasil e a Petrobras [que enfrenta uma crise após as investigações da Lava Jato] é o grande ator do brasileiro, imagina do Rio. Isso do lado da arrecadação”.
Paulo Melo também pode sair
Depois do fechamento de restaurantes populares, o secretário de assistência social Paulo Melo também ameaçou deixar o cargo. Ele diz que faltou "vontade política" para a manutenção
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