terça-feira, 19 de dezembro de 2017

17%: É o desconto que o servidor pode esperar com uma nova securitização de royalties


O governo anunciou que bastaria a adesão ao RRF e a venda da CEDAE para colocar todos os salários em dia. 

Agora, com a adesão ao RRF sacramentada e com a operação de empréstimo realizada, já mudou o discurso: Será necessário uma nova rodada de securitização dos royalties de petróleo, a conhecida e heterodoxa Operação Delaware.

Desde a década passada, o governo direcionou os recursos dos Royalties para o RioPrevidência, o que garantiria um fluxo constante de recursos ao fundo. Mas em época de abundância de recursos e arrecadação, o governo Cabral decidiu por uma operação de antecipação desses recursos no exterior em Delaware. E porque em Delaware e não em Nova Iorque, Londres, Tóquio ou Fankfurt? Porque esse estado americano tem uma legislação de sigilo sobre a propriedade de empresas offshore similar a paraísos fiscais como Ilhas Cayman e Panamá.

Sem meias palavras: As primeiras operações foram um retumbante fracasso (para o Estado), secaram os recursos dos royalties para o  RioPrevidência. Essa operação foi uma das principais causas da falência do Estado e a causa do atraso no pagamento de milhares de benefícios de aposentados e pensionistas.

A Operação Delaware é a causa do aumento de alíquota do RioPrevidência de 11% para 14%.

Agora Pezão quer fazer uma nova rodada. Pra quê? Pra secar os recursos por mais 3 ou 4 anos e deixar o próximo governador à míngua. Sem escolha a não ser elevar novamente a alíquota.

Se não lutarmos contra esse absurdo agora, em 2020 estaremos descontando 17% de previdência.

Um comentário:

  1. Tudo isso vem da cabeça do Gustavo e do luis...esses caras têm que sair.

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