Mais uma vez o governo do estado de forma desavisada atrasa o salário do servidor público.
Mais uma vez o governo emitiu um comunicado na véspera após as 17 horas.
Mais uma vez o governo editou um decreto e uma resolução, após o atraso, para dar legalidade a um ato imoral.
Mais uma vez o governador deixou centenas de milhares de pais e mães de família constrangidos, envergonhados e humilhados tendo que recorrer aos juros extorsivos de banco, parentes e amigos para poder viver e ir trabalhar.
Mais uma vez os aposentados, de idade mais avançada e que muitas vezes dependem de remédios para doenças crônicas como pressão alta, diabetes e problemas cardíacos ficaram sem esses medicamentos.
Falta recurso ao estado? Sim, mas como diz a sabedoria popular, é na hora da dificuldade que se conhece o caráter das pessoas.
Qual a prioridade de um gestor?
Se um pai de família fica desempregado, ele gasta como moradia, alimentação ou gasta com cerveja?
Qualquer um que passou por dificuldades sabe definir prioridades. Mas o governador continua a lançar editais de reforma em palácio, contratos milionários de TI, nomeando comissionados sem concurso com altos salários e principalmente concedendo isenções fiscais bilionárias de forma injustificada, para empresas que já operam no estado.
O pacote enviado a ALERJ elegia um setor pra pagar por todo essa crise: O Servidor Público Estatutário.
Nós que trabalhamos diariamente pela arrecadação do estado, viramos os vilões. O governo quer congelar salários indefinidamente e aumentar os descontos nos nossos combalidos vencimentos.
Aí cabe a pergunta:
Quantas secretárias o governo extinguiu?
Quantos cargos em comissão o governo cortou?
Quantas isenções tributárias e financiamentos foram renegociadas durante a crise?
O governador que se gaba de ter excelente relação com o empresariado, não poderia sentar com eles e repactuar as isenções temporariamente? Não poderia, dentro da lei, fazer um aditivo contratual reduzindo os benefícios durante a crise (2016 e 2017) e aumentando ao final do contrato? Será que a Ambev ia quebrar se tivesse seu contrato de financiamento reduzido por 12 meses? Não. Mas o servidor quebra com 12 dias de atraso salarial.
Para o governo do estado, o lucro do setor privado e o aparelhamento da máquina por aliados políticos é mais importante que o salário do servidor e os serviços básicos para a população.
A ANAFERJ alerta o governo para redefinir as suas prioridades.
Os Servidores Públicos Estatutários concursados não vão aceitar pagar por essa conta.
Parabéns a ANAFERJ pelo posicionamento!!
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