Por um lado, esses casos nos envergonham como servidores da Instituição, mas por outro são um alento por perceber que os sistemas de controle estão funcionando e identificando casos de corrupção dentro de nossa casa. Que os envolvidos sejam julgados na forma da lei, com amplo direito de defesa. E se for identificada a culpa, que sejam exonerados e paguem exemplarmente.
Polícia
e MP prendem suspeitos de integrar quadrilha que atuava na Secretaria de
Fazenda do RJ
MP diz que suspeitos cobravam
propina na secretaria de Fazenda e, em apenas três casos, o estado deixou de
arrecadar cerca R$ 5 milhões com as fraudes.
Por Márcia Brasil e Nathália Castro, Bom Dia Rio
Três suspeitos de integrar uma
quadrilha que atuava na Inspetoria Regional da Secretaria de Fazenda do Estado
do Rio de Janeiro foram presos, na manhã desta terça-feira (2), em uma operação
da Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil, do Grupo de Atuação Especial
de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e da
Corregedoria Tributária de Fazenda do Rio.
Segundo
a denúncia, os suspeitos faziam parte de um esquema que cobrava propina na
secretaria de Fazenda do estado. Cláudio França, Jorge Cerqueira de Andrade e
Alexandro Santiago Oliveira tinham sido presos até as 6h30.
De
acordo com o MP, apenas em três casos envolvendo os suspeitos, identificados
entre outubro de 2016 e maio de 2017, o estado deixou de arrecadar cerca R$ 5
milhões com as fraudes.
De
acordo com as investigações, Jorge atuava como auditor fiscal da receita
estadual e intimava empresários que se encontravam em situação irregular
perante a fazenda estadual para que comparecessem na sede da inspetoria.
Lá,
Jorge exigia o pagamento de propina para livrá-los do pagamento dos tributos e
multas devidas, em prejuízo do erário. Paga a propina, o procedimento fiscal
era arquivado por Cláudio França, que era auditor-chefe da inspetoria na época.
Os
dois funcionários públicos contavam com a ajuda de Alexandro, que não era
servidor público, mas trabalhava diariamente na inspetoria como se auditor
fiscal fosse.
Alexandro
também é suspeito de agir como despachante público e intermediar pagamento da
propina à organização criminosa. Ainda segundo a denúncia, outros servidores
estavam envolvidos no esquema.
Eles
foram denunciados por organização criminosa e pelos crimes de corrupção e
usurpação de função pública e tiveram bens confiscados para garantir o
pagamento da multa e da reparação do dano.
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