segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Comparação dos planos de governo para presidente


Na última semana, a ANAFERJ fez uma compilação sobre os dois planos de governo dos candidatos ao governo do Estado que estão no 2º turno no que diz respeito aos servidores.
O post teve uma boa repercussão e as pessoas nos enviaram mensagens solicitando que a ANAFERJ fizesse o mesmo levantamento nos planos de governo dos candidatos à presidente.
Infelizmente os 2 planos não falam diretamente sobre a questão do servidor público. O plano de Haddad fala de forma genérica em “valorização do servidor” e o de Bolsonaro não faz qualquer menção direta.
O trabalho de análise mais interessante feito nos planos de governo dos 2 candidatos foi do Professor da UnB Diogo Nardi que levantou os termos e palavras chaves dos 2 planos de governo.
A seguir as nuvens, quadros e a análise (resumida):






"Decidi fazer uma análise dos planos de governo de Bolsonaro e Haddad levando em consideração o uso e frequência das palavras em cada texto.
Com base nessas informações, fiz essas duas nuvens de palavras e esses gráficos comparativos que compartilho com este post.
Primeiro basta dizer que o plano de Haddad é mais detalhado e extenso que o de Bolsonaro.  O texto original de Haddad e Manuela possui 31.237 palavras, enquanto o texto de Bolsonaro e Mourão possui 8.009.
No caso de Bolsonaro, a palavra mais usada em seu plano de governo (Deus) tem um uso 26 vezes maior que a média das palavras (5.2), enquanto a palavra mais usada por Haddad (Política) é usada 20 vezes mais que a média (12.3).
Abaixo algumas considerações sobre os dados:
(Para fazer a análise eu retirei nomes próprios como o nome dos candidatos, além de tentar limpar ao máximo o texto de preposições e artigos e de palavras que se repetem com frequência em ambos como plano/governo)
As 15 palavras mais usadas por Bolsonaro são: Deus (130), Brasil (106), Economia (44), Estado (32), Empresa (32), Pessoa (26), Educação (26), Vida (24), Redução (24), Família (22), Recursos (22), Novo (22), Corrupção/Renda/Homicídio (20).
As 15 palavras mais usadas por Haddad são: Política (246), Nacional (150), Direito (125), Desenvolvimento (117), Brasil (109), Novo (99), Social (86), Estado (79), Reforma (74), Investimento (74), Educação (71), Saúde (66), Povo (56), Transição (52), Social (48).
Selecionei 22 palavras/grupos chaves para comparar seu uso em relação à média do uso de cada palavra no documento, excluindo do cálculo da média as 15 palavras mais usadas listadas acima.
A palavras e grupos chaves selecionados foram: banco, ciência, deficiência, direito, diversidade, empresa, educação*, igualdade, inclusão, indígena, infância, juventude, LGBTI, liberdade, mercado mulher*, nação, pobreza, racismo*, saúde*, segurança* e trabalho* (as palavras marcadas com * representam um agrupamento de palavras. As tabelas estão entre as imagens desse post para facilitar a visualização).
Em relação à Bolsonaro, o resultado dessa análise da frequência das palavras e comparação com a média é: Segurança (82 vezes - 1571%), Trabalho/Emprego (44 - 843%), Educação (32 - 613%), Empresa (32 - 613%), Liberdade (18 - 345%), Mercado (18 - 345%), Saúde (14 - 268%), Nação (10 - 192%), Banco (10 - 192%), Ciência (4 - 77%), Pobreza (4 – 77%) e Mulher (4 - 77%). As demais 11 palavras e grupos chaves (Racismo, LGBTI, indígena, deficiência, juventude, infância, igualdade, inclusão, diversidade e raça não são usadas nenhuma vez ao longo do plano de governo de Bolsonaro).
Em relação à Haddad o resultado é: Educação (175 vezes – 1418%), Trabalho (126 – 1021%), Direitos (125 – 1013%), Segurança (85 – 689%), Saúde (66 – 535%), Juventude(59 – 478%), Ciência (40 – 324%), Mulher (34 – 276%), Racismo (33 – 267%), Mercado (31 – 251%), Empresa (31 – 251%), Pobreza (30 – 243%), Diversidade (23 – 186%), Indígena (22 – 178%), Decifiência (22 – 178%), Inclusão (21 – 170%), Infância (18 – 146%), LGBTI (17 – 138%), Igualdade (15 – 122%), Banco (12 – 97%), Liberdade (10 – 81%) e Nação (8 – 65%).
Quem quiser ler os planos de governo:
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Um comentário:

  1. Bolsonaro é um fascista imundo. Seu programa de governo é uma piada! Vão se fuder, seus coxinhas !

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