Uma amostra aos gestores da realidade atual |
Nosso Estado hoje tem a maior média de mortos por COVID a cada 100.000 habitantes do país.
O nosso fracasso como Unidade da Federação em controlar a pandemia tem muito a ver com disputas políticas, corrupção e negacionismo científico.
Nesse momento a população do mundo todo está cansada das medidas sanitárias de distanciamento. No nosso caso, soma-se isso ao componente político e temos o cenário perfeito para a proliferação da variante delta e de novas mutações do vírus.
A vida real é como está retratado nessa foto tirada no metrô. Mesmo com máscara, é impossível manter o distanciamento mínimo. Se houver um infectado nessa foto, as pessoas em volta estarão automaticamente expostas ao vírus.
A maior parte das empresas privadas têm mantido o trabalho remoto nas atividades em que ele é possível. A ideia central, além de não expor seus funcionários a risco sanitário, é evitar passivos trabalhistas. De quebra, há uma economia em custos fixos com aluguel, luz, água, telefone, café, papel e etc.
O Poder Público que na boca de seus gestores adora falar de modernidade, está agindo, na nossa visão, de forma inconsequente.
O recente Decreto obrigando o retorno de 100% dos servidores vacinados é temerário. Servidores sexagenários que tomaram a vacina há 4, 5 ou 6 meses são grupo de risco. Também já é fato que a eficiência da vacina decai com o passar do tempo, tanto que o Ministério da Saúde já anunciou a necessidade de uma terceira dose de reforço.
Além de obrigar esses servidores a comparecer 100% presencialmente há também a obrigação da presença de 50% dos servidores NÃO imunizados.
Ou seja, temos setores em que 75%, 80% dos servidores estão convivendo no espaço fechado, por vezes lado a lado sem observar nem meio metro de distanciamento. E por falta de civilidade de alguns servidores e de fiscalização da SEFAZ, é fácil ver que muitos não utilizam máscara como a lei determina.
Na SEFAZ já começaram a ocorrer surtos de COVID em alguns andares do prédio-sede e ninguém parece se importar.
Em alguns setores há relatos de uma situação ainda mais preocupante. Servidores de uma carreira que recebe auxílio deslocamento estão em Home Office e apenas Analistas, Agentes e EQ são obrigados a comparecer diariamente, se expondo a infecção.
Em uma pandemia, a vida humana é o único valor a ser preservado. Fazemos um apelo aos gestores da SEFAZ e do ERJ para ter bom senso nesse momento de crise sanitária.
Há ferramentas para se medir trabalho em Home Office, não faz sentido expor as vidas dos servidores dessa forma.
Cada morte, cada internação de Analista que ocorrer será de inteira responsabilidade dos gestores e a ANAFERJ não vai se omitir.
Pedimos respeitosamente para que o Home Office seja o padrão e que apenas atividades essenciais sejam presenciais. Que os setores tenham, no máximo, 20% de presença física, com no mínimo 1 servidor por setor.
Com vida não se brinca.
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