Depois de Cabral, deputados
da CPI do Rioprevidência querem ouvir Pezão
Depoimento prestado por Sérgio Cabral na
terça-feira levou integrantes da comissão a estudarem convocação do seu
sucessor
Por PALOMA SAVEDRA
Publicado às 04h30
de 26/09/2019
Depois de
ouvirem na terça-feira o ex-governador Sérgio Cabral, os
integrantes da CPI do Rioprevidência vão discutir hoje a convocação do também
ex-chefe do Executivo do Rio, Luiz Fernando Pezão, para audiência da comissão.
Cabral e Pezão estão presos pela Lava Jato.
O foco dos trabalhos do presidente da CPI, deputado Flávio Serafini
(Psol), e dos demais parlamentares do grupo é a Operação Delaware, realizada em
2014 pela autarquia para a antecipação de receitas de royalties, no valor de R$
9,3 bilhões.
E as declarações dadas por Cabral na última terça-feira levaram os
parlamentares da comissão a estudarem a convocação de Pezão.
Segundo Serafini, Sérgio Cabral responsabilizou o seu sucessor e os
técnicos do Estado do Rio pela transação financeira.
Ação popular
A comissão vai analisar também a ideia de mover uma ação popular contra
essa transação financeira, mais especificamente em relação aos contratos
firmados com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (que participaram da
operação).
"Há irregularidades no contrato com a Caixa e o Banco do Brasil
(que participaram da operação). Vamos ver se conseguimos mover uma ação
relativa somente aos contratos com esses bancos, pois há preocupação de se
questionar o contrato inteiro e isso acabar gerando uma punição ao
estado", disse Serafini.
O parlamentar acrescentou que "o contrato é muito
desequilibrado" e, por isso, a possibilidade de apresentar uma ação tem
que ser muito bem pensada.
"As cláusulas preveem uma série de punições ao estado, e a gente
obviamente não quer acabar criando um problema. É uma questão complexa
juridicamente, e vamos discutir isso melhor", afirmou Serafini.
O vice-presidente da comissão é o deputado Alexandre Freitas (Novo), e a
relatoria é de Waldeck Carneiro (PT). Renata Souza (Psol), Eliomar Coelho
(Psol) e Anderson Moraes (PSL) também compõem o grupo.
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